Conforme envelhecemos vamos desenvolvendo certas manias e percebemos que já não somos os mesmos, de quando éramos jovens, mas que somos sim como nossos pais!
A música de Belchior insiste que "ainda somos os mesmos", grita na interpretação dramática de Elis Regina! Mostra o quanto no começo lutamos para ser diferentes. Todas aquelas coisas que nos implicam em um deles procuramos enterra-la bem fundo, mas um dia a praga emerge e vem das sombras nos assombrar e mostrar claramente que não foi possível elimina-la... E que ela somos nós mesmos, que não foi possível só ficar com as qualidades de cada um e criar um ser melhor, aquele que queria mudar o mundo, mais fraterno, amigo de todos, adorado por todos, aquela companhia disputada mesmo não tendo um centavo no bolso, aquele amigo que leva chibatada pra proteger o outro, aquele que faz todo mundo rir, mesmo que só fale bobagens.
Sim, ainda somos os mesmos e conforme envelhecemos vivemos cada dia mais como nossos pais... em todas as suas mazelas... tomara que também em suas qualidades, já que nada mais nos resta para nos vangloriar.
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