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sábado, 29 de setembro de 2018

AMIGOS INESPERADOS

Já moro há 9 anos neste prédio, tenho vizinhos ótimos, mas hoje tive a oportunidade de fazer novas amizades, que adorei: Pedro, Vitor, Camila, Duda e Nícolas. Adoráveis!
Claro que já nos conhecíamos, mas daquele jeito que se conhece em condomínio: um olha para o outro e dá um sorrisinho amarelo.
Mas, hoje, convidei-os a me ajudar a "catar as tiriricas" que nascem em nossa grama e se não cuidar, acabam com ela. Nosso jardineiro, que é um querido e está sempre atento, de tempos em tempos passa mata-mato, mas a pobre da grama também sente um pouquinho...Bem, convite feito, convite aceito. Não pensaram duas vezes para por a mão na massa, ah, digo, na grama!



Catamos 2 sacolinhas das benditas. Ficou uma beleza! Mas, aí quis oferecer uma recompensa ( ou será mais serviço? kkkkk)
- Vocês topam fazer uma torta de maçã?
- Topamos!
Marcamos às 15:30 horas. E lá foram eles, agora sim, por a mão na massa e nas maçãs!...Até lembrei da Música do Almir Sarter, linda, linda!




Até Camilinha, no alto dos seus 7 anos entrou na dança: e enxugou a tigela e pôs o guardanapo na cabeça! Opa! O que é isso Camila?!!!!! Assustei a menina, e todos demos muita risada! Foi muito bom!
E aí a torta pronta para ir ao forno:


E, depois degustamos no Gazebo.







Para quem quiser fazer essa torta tão fácil de fazer e tão gostosa, aqui tem a receita!

E, a música do Almir Satter das massas e das maçãs, mas que na verdade se chama "Tocando em frente" e, provavelmente meus novos amiguinhos não vão gostar porque não é o gênero deles, mas ao menos vão saber que tem a música das massas e das maçãs. Que prá tudo tem música! Que boa a vida com música!...





sábado, 4 de agosto de 2018

AMIZADES VIRTUAIS TAMBÉM AQUECEM O CORAÇÃO

A era da internet mudou as relações com o trabalho, com a vida e até como partilhamos nossas amizades! E não se pode dizer que estejamos vivendo mais superficialmente só por isso, embora os alarmistas de plantão já façam um sem número de teorias da conspiração.
 A verdade é que nos trouxe possibilidades que antes não tínhamos, entre elas a facilidade de comunicação com pessoas que, de outra forma, jamais conheceríamos.
Aconteceu comigo e com Isabel, que de lá de Portugal me aquecia o coração, sem nunca termos nos visto, depois nos conhecemos e continuamos uma bela amizade.
Há alguns meses conheci outra pessoa, que não digo o nome, nem de onde, para preservar-lhe a privacidade! Nos correspondemos semanalmente, sempre com uma troca interessante de assuntos que perpassam diversos territórios, histórias, costumes, vida familiar, cultura, e até gastronomia.
Esta semana recebi desta pessoa esta receita de torta de maçã que fui logo fazer, tão prática me pareceu. Prática, apetitosa, uma delícia de fazer e de comer. Como as medidas estão diferentes das que usamos normalmente aqui no Brasil, coloco aqui a receita em xícaras, para facilitar.


Ingredientes:

1 massa folhada. Fizemos com massa de pastel e também deu certo
6 maçãs
4 ovos
1 1/2 xícara de leite
1 xícara de farinha de trigo
1 xícara de açúcar (pouco mais que orientava o vídeo)
3 colheres ( de sopa) de manteiga ou margarina (coloquei só 2)
Receita para uma forma de 19 x 32  cm 

Observação:  Como eu tinha e gosto, coloquei uvas passas também.
E na cobertura optei por açúcar e canela.
Como eu não tinha massa folhada e não tenho mais gostado das massas folhadas prontas que tem vindo muito gordurosas, optei por fazer aquela minha massinha de pizza de minuto. Fiz com sal, como na receita, porque gosto deste contraste e mesmo porque é bem suave de sal, mas quem quiser, põe açúcar na massa, ao invés do sal.
Ficou ótima






quarta-feira, 1 de agosto de 2018

O DOCE DE ABACAXI DA MARINETE

Aprendi a gostar de Marinete, antes mesmo de conhecê-la.
Sou professora e, numa confraternização de professores o marido de Marinete, Sr. Reginaldo, levou o tal doce de abacaxi que alguns professores já conheciam e tinham a receita.
Os comentários que antecederam e sucederam a degustação era de um sucesso absoluto!
...Desde então tenho-o feito em minha casa quando a família se reúne, pois é uma receita bem generosa, serve tranquilamente umas 12 pessoas.
Mas, lá se vai um belo dia, que, em uma das escolas que leciono me apresentaram Marinete. Fui logo perguntando: Você é a Marinete do Bolo de Abacaxi? Foi só risada!..
E, no decorrer do semestre aprendi a gostar também da Marinete! Pessoa bem humorada, atenciosa, uma querida!
E, hoje, em uma de nossas confraternizações lá vem ela com seu bolo de abacaxi!

RECEITA DO DOCE DE ABACAXI DA MARINETE

Parte 1
Pique bem um abacaxi e coloque em pirex, ou forma, com uma xícara de chá de açúcar.

Parte 2
Pão-de-ló

3 ovos
1 xícara de açúcar
1 xícara de farinha de trigo
1 colher de fermento em pó Royal

Bata bem os ovos com o açúcar, acrescente a farinha de trigo e o fermento e coloque por cima do abacaxi. Asse e deixe esfriar.

Parte 3
Creme
1 litro de leite
1 lata de leite condensado
3 gemas
3 colheres bem cheias de Amido de milho Maizena
1 lata de creme de leite
Coco ralado  (umidificá-lo com leite, ou leite de coco, ou mesmo água)

Levar ao fogo para engrossar.
Desligue o fogo e acrescente a lata de creme de leite.
Despeje esse creme ainda quente em cima do bolo frio
Cobrir com coco ralado.
Levar à geladeira por 2 horas antes de servir.


Marinete




domingo, 28 de janeiro de 2018

OS TRÊS BOIADEIROS

Dando sequência às presevações de memórias, esta é de uma carta de Manoel Gomes Ferreira, meu avô, enviada à meu pai, Expedito de Jesus Pazeto, para que este lesse aos amigos citados, Tião Abdala, Val Custódio e o Alfredinho Procópio. Manoel, filho de Abel Ferreira, neto do Ferreirão que veio lá de Portugal de Trás os Montes,  era homem muito inteligente, perspicaz, mas de poucas letras. Havia frequentado apenas até o terceiro ano do ensino primário, o que era bem normal para sua época, nas famílias de origem agrícola ou operária  (....).

Manoel escrevia versos, histórias, uma necessidade de se comunicar, apesar das poucas letras. Este que segue mistura um pouco da linguagem rimada, um pouco sem rimas, misturada com a linguagem textual e conta uma hilária busca de gado na cidade de Corumbataí. Não se sabe dizer se os acontecimentos tenham sido reais ou fruto da imaginação dele. O texto original foi digitalizado e encontra-se aqui, aos que se interessarem em vê-los.

Ele faz questão de mencionar, no início da carta os personagens: Tião Abdala, Val Custódio e Alfredinho Procópio, e um cachorrinho Tomba Lata. Acredita-se que todos eles eram da cidade de Ipeúna/SP

"Eles partiram de Ipeúna para ir buscar uma boiada em uma cidade muito longe. Despediram-se da famílias e partiram. Depois de andarem muitos dias chegaram à longínqua cidade de Corumbataí. ( Detalhe: a cidade de Corumbataí fica a apenas 38,4 km de Ipeúna, ou 36 minutos de carro, hoje muito perto, mas em lombo de burro já é outra história...)

Foi mais ou menos assim:

Eu ainda tenho saudade
do tempo que eu era moço
montado na minha besta ruana
e com lenço branco no pescoço

O Val que ainda era mocinho
montado no baio Encerado
com um bom ponche na garupa
e um laço dependurado

A boaida era grande 999 bois
Porque você não diz que é mil?
Porque mentiroso não sou

O Alfredinho ia num pampa cego
Ele era o tocador do berrante
O cargueiro ia no lombo de burro velho
que se chamava diamante

E lá ia o Tomba Lata
cachorrinho muito ligeiro
ele afundava no mato
E punha prá fora qualquer pantaneiro

E depois de ajuntar toda boiada lá em Analândia e Corumbataí, eles partiram de volta.

O Alfredinho na frente, repicando o berrante
O Tião e o Val atrás gritando: - Boi, vorta boi do diabo!
- Tião cerca esse boi do chifre quebrado
- Ele vai entrar no mato
- Pode deixar que o Tomba Lata vai buscar aonde ele estivé
E o Tomba Lata passeava de ponta a ponta a boiada
E o que ficava prá trás ele mordia o pé.

Depois de muitos dias de viagem eles chegaram em Graúna. Soltaram o gado no pasto, os animais em um potreiro, para ficar mais fácil. Depois foram até um freje mosca tomar uma chibóca para descer a poeira. Jantaram e foram descansar. O Val disse: - Eu vou dar uma vortinha por aí!
Ele, com um chapéu grande na cabeça, calçado com uma botinha sanfonada e lenço no pescoço. Logo ele encontrou uma morena linda de morrer, a moça mais bonita que ele viu em toda a viagem. Ela era linda, cabelos pretos bem escorridos,. banguela com uma presa de ouro de um lado, quando sorria clareava mais que um farolete. Ele fez até uns versos pra ela:

Oh que beleza de morena, tão serena
És delicada e perfumada igual a flor
A boquinha tão pequena e bem pequena
Toda cheia de beijinho para o amor

O Alfredinho levantou bem cedo para buscar a tropa e o Tião estava levantando e foi logo dizendo:
 - Arreie a a Ruana prá mim, enquanto eu tomo café!
O Rapaz que é muito esperto foi, mas quando ele jogou o bacheiro molhado naquele lombo cheio de pizadura a mula mandou os dois pés. E o Alfredinho para escapar pulou para trás, se enroscou e caiu dentro de uma bacia dágua. Furioso chingou:
- Mula miserável, carne de urubú.
Os outros caíram na gargalha e disseram:
- Você nem parece boiadeiro, ponha um cachimbo nessa mula, com uma mão você segura com a outra você arreia.
Ele pegou um cambito de arrochar a bruaca, torceu o beição e arreou.
O Alfredinho já estava cansado de tocar o berrante feito de um chifre de um boi carreiro e já estava ficando papudo de tanto assoprar aquela droga.
Viajaram muitos dias e chegaram em Itapé. Soltaram o gado no pasto e foram dormir.

Eles estavam muito cansados
Cada um deitou em seu bacheiro
Olhando para o céu estrelado
Para ver onde estava o cruzeiro

Para a última marcha saíram bem cedo, a boiada estava cansada e o Tomba Lata sempre ajudando. O Tião disse: - Ai meus Deus do céu eu estou pensando é no Rio Passa Cinco naquela corredeira.
Com muito custo chegaram. O Tião gritou:- Rozeteie o pampa e jogue na água.

Jogaram o gado na água
A corredeira era muito forte
Tião gritou: - Me ajuda Nossa Senhora dos Navegantes
E Val: - Me ajuda meu Santo Onofre

Em Ipeúna todo mundo estava esperando
O Afredinho na frente avisando:
-Fechem as portas os pantaneiros estão chegando.
E na fazenda Barrocão entregaram a boiada.

Eu sortei a Ruana no pasto
Prá lá também foi o baio Encerado
O Pampa que era velho e cego
Venderam para o açougue do Supermercado.

O Tomba ficou sem companheiro
Por esse motivo entristeceu
Ninguém mais lhe deu comida
de fome o Tomba lata morreu

O Val é vendedor de frango
O Tião ficou caminhoneiro
O Alfredinho que era pobre, não tinha nada
Ninguém sabe de seu paradeiro

Agora só resta um cutiano dependurado
e um laço de couro de mateiro
um par de esporas enferrujados
e uma velha guaiaca sem dinheiro

E assim foi a história dos três boiadeiros
Não sei se nela existe verdade
Mas, mesmo que tudo seja mentira
Dela sentirão saudade

Enviada em 15-05-1984


Manoel Gomes Ferreira, em seu ofício de Carroceiro.
A mulher em frente ao cavalo é Lenira Ferreira Camilo, sua filha, casada com Walter Camilo, logo atrás à carroça, em pé, de camisa branca. À sua direita Ercília Ferreira Pazeto, irmã de Lenira.










quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

QUANDO COMEÇAMOS A PERCEBER NOSSA EXISTÊNCIA?

Comecei a existir aos cinco anos de idade, no dia em que minha mãe me anunciou que eu iria ganhar uma irmãzinha...
Ela bordava um casaquinho de cambraia amarela, em ponto rococó, com linha mouliné em tons laranja em degradê até o branco... Eram pequenas rosinhas com folhinhas em tons de verde, igualmente delicados!
Estávamos na casa da tia Rita, as crianças brincavam, as mulheres conversavam e bordavam. E ela me disse que o casaquinho era para minha irmã ou irmão que nasceria... (Nos anos 1960 ainda não se tinha ultrassom, então era hábito fazer o enxovalzinho de cores que servissem tanto para menino como para menina). Antes disso não me lembro de mais nada...
Deste dia até o nascimento também não tenho lembrança nenhuma!
Mas, chegado o dia "D", recordo-me que fui levada à casa da tia Maria, que morava em Rio Claro na avenida 12, e minha mãe levada ao hospital Santa Filomena. Mas, só me lembro disso porque fui apresentada a uma novidade da cozinha, que eu até então não conhecia: "A pia"! Por esta ocasião ainda não havia água encanada na cidade de Ipeúna, onde morávamos e, portanto, não tínhamos pia.
Fiquei tão encantada com o tal acessório que passava o tempo todo em cima de uma cadeira lavando pequenos objetos que a tia me dava!... Devo ter dado prejuízo, pois me recordo que não foi pouco tempo que assim passei... É a única coisa que me lembro destes dias!
... Só vou me recordar novamente de minha existência deste período, meses depois quando minha mãe dava banana para a pirralhinha e ela, que estava com tosse comprida, afogou-se e começou a arroxear... Teria morrido não fosse meu pai ter a ideia de pegá-la pelos pézinhos e virá-la de ponta cabeça. A banana foi posta para fora e minha irmã foi salva para alegria de todos.
... Lembro-me de ter ficado muito assustada e deste dia em diante desenvolvi um carinho e cuidado especial por ela, ao ponto de me machucar fisicamente para que nada lhe acontecesse ... mas esta já é uma outra história!



Foto gentilmente cedida pela Izabel Biali de seu blog de bordados. Lembra muito a delicadeza da camisinha que mamãe bordava.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

NÃO SOMOS O QUE QUERÍAMOS TER SIDO

Conforme envelhecemos vamos desenvolvendo certas manias e percebemos que já não somos os mesmos, de quando éramos jovens, mas que somos sim como nossos pais!

 A música de Belchior insiste que "ainda somos os mesmos", grita na interpretação dramática de Elis Regina!  Mostra o quanto no começo lutamos para ser diferentes. Todas aquelas coisas que nos implicam em um deles procuramos enterra-la bem fundo, mas um dia a praga emerge e vem das sombras nos assombrar e mostrar claramente que não foi possível elimina-la... E que ela somos nós mesmos, que não foi possível só ficar com as qualidades de cada um e criar um ser melhor, aquele que queria mudar o mundo, mais fraterno, amigo de todos, adorado por todos, aquela companhia disputada mesmo não tendo um centavo no bolso, aquele amigo que leva chibatada pra proteger o outro, aquele que faz todo mundo rir, mesmo que só fale bobagens.

Sim, ainda somos os mesmos e conforme envelhecemos vivemos cada dia mais como nossos pais... em todas as suas mazelas... tomara que também em suas qualidades, já que nada mais nos resta para nos vangloriar.


domingo, 30 de julho de 2017

AQUELES QUE NOS TOCAM

Este blog foi criado com o intuito de contar histórias! Qualquer história, de qualquer cidadão! Nosso desejo é que mais pessoas se interessem em contar aqui suas histórias e que deixe-as como pegadas para acalentar corações, emocionar, divertir, matar saudades.
Estava há dias atrás fazendo algumas pesquisas sobre Americana e encontrei um blog de um cidadão que logo identifiquei como uma pessoa que somaria ao Instituto e Associação que participamos. Logo começamos a procurá-lo, mas descobrimos que ele já havia partido.
Nem o conhecemos pessoalmente, mas este seu post nos deu a dimensão da importância de se fazer este trabalho de recuperação de memórias.
Ao lê-lo emocionei-me em constatar o quanto ele se sentia feliz por ter um espaço para contar a história de sua família.

José Mario Tônus e sua esposa Rosa Tônus

quarta-feira, 26 de julho de 2017

TARDES PREGUIÇOSAS QUE AQUECEM O CORAÇÃO

E quem não precisa daquele café da tarde com os amigos(as), jogando conversa fora?

...Mesa sempre farta, cada um leva seus acepipes e, como diz nosso querido Cortella, todos comem e acabam saindo com os pratos mais cheios que quando chegaram! É a verdadeira multiplicação dos pães!

É assim na casa de minhas amigas Cidinha, Thereza, Deolinda! Três irmãs da família Tozo de Americana, que têm o coração grande e muito carinho prá todos.

Nessas tardes preguiçosas todos saem com o coração aquecido!




terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

O SEGREDO DA LONGEVIDADE!

Dona Maria Bonassi Meneghel é destas pessoas que você se apaixona à primeira vista. Sempre alegre e sorridente, dá impressão que a vida não tem problemas para ela.
Numa visita que fiz-lhe esta semana, me contou que fará 91 anos. Conheço-a há tanto tempo, mas acabo me esquecendo que o tempo passou, também para ela, embora não pareça, realmente.
Disse-lhe que eu precisava saber o segredo, porque preciso chegar lá, senão não terei tempo de fazer tudo que ainda preciso.
Ela não hesitou em dizer: "Você precisa ser feliz! Estar sempre sorrindo, amar as pessoas, conversar com elas! É só isso!"
E eu acreditei!
Olha o sorrisão dela! Não é uma simpatia?!!!




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